Principais erros que você deve evitar no email marketing
O e-mail marketing é tão antigo quanto a própria definição de marketing digital. É uma ferramenta prática e de baixo custo, que pode trazer excelentes resultados para determinados segmentos.
Se você tomar cuidado com alguns detalhes simples, pode alavancar a estratégia e obter um maior retorno, mas é preciso ficar de olho.
O seu e-mail marketing está trazendo resultados? O público está engajado? A base de contato aumenta diariamente e se torna mais qualificada?
Criamos um conteúdo com os principais erros que você deve evitar no e-mail marketing para não prejudicar a campanha e seguir com um planejamento correto. Confira!
Não saber o que é e-mail marketing
Apesar de antigo, o e-mail é uma forma de comunicação muito tradicional na internet. Temos a impressão de estar sendo substituído pelas mensagens rápidas, porém em comunicação corporativa, de negócios, e até educacional, é a primeira alternativa.
É um lugar onde se registram informações e histórico de contatos. Ainda, é onde se gera engajamento.
O maior erro de todos é não saber o que significa e-mail marketing na prática.
Não é apenas enviar mensagens pela ferramenta, mas uma estrutura de comunicação completa. Trata-se de criar uma abordagem que guia o consumidor na busca por solução de problemas.
Subentende-se que se o cliente está na sua lista de contatos, ele demonstrou algum grau de interesse nos produtos ou serviços, e a depender da realidade de cada negócio, como esse desejo será trabalhado varia.
E-mail marketing é fundamentalmente uma maneira de gerar vínculos
Conteúdo não atrativo
Conforme mencionamos, o e-mail está com tudo no mundo dos negócios. A realidade é que o ser humano busca maior entrega no menor tempo. Dessa maneira, se o seu e-mail não se destaca na caixa de entrada, provavelmente nem será aberto.
O assunto é o título da mensagem. Ele precisa ser trabalhado de maneira a entregar o máximo valor em poucos caracteres. Quando essa frase não é concisa e essencial ao leitor, será ignorada.
Alguns exemplos de assuntos genéricos e sem valor:
- Venha conferir nossas ofertas!
- Conheça a nova loja!
- Lançamentos exclusivos na sua região.
Agora, assuntos potentes para fisgar a audiência:
- [Nome do cliente], [Nome de um ícone] recomendou seu contato;
- Por que você continua perdendo dinheiro com e-mail marketing?;
- 5 ofertas exclusivas em cama, mesa e banho.
A lógica por trás dos títulos poderosos é baseada em autoridade e relevância. No primeiro caso, ao chamar a pessoa pelo nome, já ganha um ponto. Se você conseguiu o contato com alguém que essa pessoa admira, use ao seu favor. Se alguém que você admira passou o seu e-mail, algo importante deve ser.
Ainda, perguntas e dúvidas muito específicas para prender o leitor. Em um momento em que não queremos perder tempo com nada, buscamos conteúdos que dizem logo no começo à que vieram.
Ignorar o pré-header
Abaixo do assunto, alguns serviços de e-mail exibem um pequeno trecho do e-mail. Essa é mais uma oportunidade de atrair a atenção do leitor.
Assim como em vídeos e fotos, você tem menos de 1 segundo para mostrar o quão importante é o seu conteúdo. O pré-header tem no máximo duas frases que sintetizam a mensagem, ao mesmo tempo que chama o leitor para abri-la, seja utilizando gatilhos mentais, ou entregando uma proposta de valor.
Falta de foco
O e-mail marketing é uma estratégia, e precisa ter um foco muito claro e objetivo. Se você busca crescimento e relevância, será de uma maneira; se quer vender, outra completamente diferente.
É mais uma maneira de cair no erro da generalização. O consumidor não quer ser tratado como algo genérico, mas como alguém especial e digno de atenção. Se você adota uma linguagem distante, vaga, que não se comunica com o seu público, esquece, o e-mail marketing não vai funcionar.
Saudação acolhedora, chamar o indivíduo pelo nome, entregar única e exclusivamente o que foi solicitado e mais um pouco são algumas maneiras de demonstrar que o seu foco está em satisfazer o cliente, atraindo para fechar negócios.
Textos muito longos e com imagens
As mensagens por e-mail normalmente buscam resolver problemas. Textos longos podem até ser abertos, mas dificilmente são consumidos do começo ao fim. A caixa de entrada não é um blog, tudo precisa ser sintético e entregar apenas o essencial para completar a comunicação.
Imagens pesadas, textos longos, links e vídeos, se não forem bem executados, apenas tornam o arquivo grande, atrapalhando a velocidade de carregamento. Acredite, segundo o Google, páginas que levam mais de 3 segundos para carregar, não conseguem ranquear nos resultados, imagine a fuga dos leitores se a sua mensagem leva mais tempo que isso.
Conteúdo sem imagem
Parece contraditório, mas é a parcimônia o ponto. E-mails sem imagens também são um marasmo para o leitor. Ele está navegando na caixa de entrada, então precisa ser fisgado. Imagens bonitas, infográficos e outras formas visuais de comunicar são essenciais.
Elas completam o conteúdo e fecham a estratégia com um apelo para preencher o espaço de maneira inteligente, entregando mais que o próprio conteúdo, mas a própria identidade da marca no mercado.
Não entregar valor
Pense no leitor que foi atraído pelo assunto, carregou a página em velocidade recorde, viu belas imagens, mas se decepcionou com o conteúdo.
Mensagens que não entregam valor, não valem a pena ser enviadas.
Se você não resolver um problema ou não mudar nada na vida do leitor, pense se vale a pena gastar com esse disparo.
Aqui a sensação é a pior de todas. O cliente em potencial perdeu o seu tempo parando na mensagem para não receber nada em troca.
O e-mail marketing se confunde muito com o marketing de conteúdo. Eles andam lado a lado. É essencial trabalhar palavras-chave, um storytelling consciente e uma busca por solucionar as dores de quem está lendo.
Call-to-action fraco
Sabe quando estava apresentando um trabalho no primário e terminava com “é isso”?
Essa é a sensação que temos com qualquer conteúdo que termina sem um call-to-action, um chamado para ação. É por isso que precisamos ter foco, para entender aonde queremos chegar com o e-mail, e para onde o consumidor vai na sequência.
O chamado é uma maneira de impulsionar o leitor a realizar uma ação após ter sido convencido sobre determinado assunto. O objetivo do e-mail, conforme mencionamos, é gerar contato, mas como esse contato será mantido se ninguém é chamado para agir?
Um call-to-action de qualidade é aquele que instiga, põe em movimento e é muito claro sobre o que deve ser feito após a leitura. Se o conteúdo foi rico em valor, essa frase não gasta nada do seu poder de convencimento, é natural ser seguida.
Sem ela, o leitor fica sem saber o que fazer, e apenas abre a próxima mensagem.
Não trabalhar a lista de contatos
Felizmente, com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), vender listas de contatos se tornou algo muito mais difícil. Acredite, isso é ótimo. E-mail através de listas compradas sempre são um tiro no pé. É a melhor maneira de gastar dinheiro à toa.
Por que alguém que não demonstra o menor interesse no negócio, se interessaria em abrir uma mensagem?
A lista de contatos deve ser orgânica e gerada pela própria estratégia. Por exemplo, um blog com conteúdo rico é um excelente lugar para posicionar uma caixinha de newsletter, no qual os interessados, ativamente, entregam o endereço de e-mail para receber mais conteúdo.
Esses contatos precisam ser revisados de tempos em tempos, e no final ter um link muito claro caso a pessoa deseje parar de receber atualizações.
Quanto mais e-mails você enviar e são ignorados, mais as ferramentas interpretam como um SPAM, e toda a estratégia vai por água abaixo.
Não segmentar o público
Está intimamente relacionado com o erro anterior. É preciso saber exatamente quem é a sua persona.
Persona é uma pessoa dentro do público-alvo, que representa uma média. Quem é o seu cliente médio? Com quem você gostaria de fechar negócios?
A segmentação é essencial para o sucesso de qualquer campanha. Através dela você descobre a linguagem a ser adotada, como otimizar as soluções oferecidas, e até mesmo os melhores momentos para entrar em contato.
Sem essa etapa redonda e completa, a sua estratégia será um tiro no escuro.
Não avaliar os resultados e testar
Um fundamento do marketing digital, é que ele não é estático. A cada dia as exigências do público mudam, os algoritmos compreendem as mensagens de maneira diferente, e só se mantém ativo que evolui em igual ritmo.
O mandamento para o sucesso é o aprimoramento constante. Métricas como taxa de abertura, de conversão, bounce (e-mails não enviados por problemas técnicos) são essenciais para otimizar diariamente.
Hoje em dia há muitas ferramentas para o e-mail marketing, mas sem acompanhamento, nenhuma delas traz resultados efetivos, ou tão potentes quanto podem ser.
A capacidade de aprendizado é fundamental em um mundo de mudanças. No marketing, aplica-se a metodologia teste A/B.
Pegue a lista de contatos e divida em duas, garantindo que ambas sejam muito parecidas, e envie o mesmo conteúdo com pequenas mudanças, e veja qual tem uma performance melhor.
Pode ser um título diferente, um layout, ou até mesmo escolha de linguagem. Esse é um exercício constante, e o único que pode otimizar resultados.
Não seguir um cronograma
Cronogramas servem para organizar a rotina e impedir que tarefas deixem de ser concluídas, ou sejam concluídas duas vezes. O que isso significa para o e-mail marketing?
Nada é mais irritante para o usuário do que abrir a caixa de entrada e todos os dias ter várias mensagens de um mesmo remetente. Ele se perde, e mesmo que queira ler tudo, não sabe por onde começar.
Ainda, há quem mande essa avalanche de conteúdo, e desapareça, ficando uma ou duas semanas sem entrar em contato de novo.
O cronograma serve para atingir um equilíbrio, de modo que o contato é constante e fracionado. Todos os dias, ou todas as semanas, o usuário recebe uma mensagem, e se torna uma rotina.
Marketing agressivo perdeu espaço. Hoje as pessoas buscam leveza e confiança antes de fazer negócios.
Ignorar os gatilhos mentais
Vamos deixar uma coisa muito clara. Gatilhos mentais são fundamentais, e só se tornam uma manipulação quando usados de maneira antiética.
Por exemplo, ao identificar um interesse do seu leitor, é totalmente legítimo enviar mais alguns conteúdos sobre o mesmo tema. Assim, você está entregando exatamente o que ele busca, fazendo com que economize tempo ou até resolva problemas sem gastar um centavo.
Aqui, temos dois gatilhos mentais básicos, confiança e reciprocidade.
Ao enviar outros conteúdos semelhantes, a sua marca está criando autoridade e demonstrando que domina o tema. Dessa maneira, é a primeira alternativa quando o indivíduo busca fechar negócios.
Ainda, ao entregar uma solução sem pedir nada em troca, a reciprocidade começa a agir. O leitor cria um instinto de retribuir de alguma forma. Por isso, é essencial um call-to-action que diga exatamente o que pode ser feito.
Não criar expectativa
O e-mail marketing não é um fim em si mesmo. Ele precisa impelir o leitor a tomar alguma atitude. Se o seu conteúdo responde dúvidas, é essencial deixar com um gostinho de “quero mais”, de modo a abrir as mensagens que vem na sequência.
Porém, o e-mail deve ter começo, meio e fim. O conteúdo deve ser entregue na íntegra. Essa sensação de buscar por um complemento, vem de um conteúdo de valor. A mensagem foi tão enriquecedora, que o leitor quer consumir mais desse material.
O e-mail marketing muitas vezes é subjugado. Os aplicativos de mensagem parecem estar tomando o seu lugar, mas não se engane. Esse tipo de comunicação é a chance de se realizar uma entrega completa, que gera valor e cria relacionamentos.
Em um mundo frenético com a internet, esses laços se tornam cada vez mais importantes. Estar na caixa de entrada de alguém, é uma dádiva para marcas que buscam se posicionar e conquistar relevância.
Não deixe de conhecer essa estratégia e tirar o melhor proveito para alavancar os seus resultados e conquistar um público fiel.
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